PLANO DE TRABALHO DOCENTE
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Dados de Identificação:
Escola: 14 de maio Professor (a): Aline Aguiar , Ana Comper Disciplina: Matemática Série: 2° ano Turma: 212 A |
Cores, formas, comprimento, espessura,
Quantificação
Quatro operações
Relações de lógica
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Desenvolver através da ludicidade a noção das formas geométricas e diferentes formas presentes no meio em que está inserido, aplicando-as em seu cotidiano.
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Recursos tecnológicos, blocos lógicos, cartolina, caneta hidrocor, cola tesoura, jornais e revistas, uso de sucata para construção das formas geométricas, corda, giz, bambolê, jogo twister
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A avaliação será feita através da observação do aluno em relação a sua participação, construção e demonstração de aprendizagem dos conceitos trabalhados.
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sexta-feira, 22 de junho de 2018
Plano de trabalho
Escola democrática
Que escola você quer? De que forma podemos modificar a maneira de como o vídeo trata o cotidiano escolar em uma escola padrão, que não quer que o aluno exponha suas ideias, o aluno é tratado como uma máquina.
Numa escola democrática dá-se aos estudantes a possibilidade de gerir o seu tempo. Em muitas escolas, não existe a obrigatoriedade de freqüentar sequer as aulas. Os estudantes, após compreenderem todo o sistema e se conhecerem melhor, são livres para decidir o que acham que devem fazer. Dessa forma aprendem a ter iniciativa. Eles também ganham a vantagem do aumento na velocidade e no aproveitamento do aprendizado, como acontece quando alguém está praticando uma atividade que é do seu interesse. Os estudantes dessas escolas são responsáveis por si e têm o poder de dirigir seus estudos desde muito novos.
A aprendizagem na Educação Democrática baseia-se no estímulo e no exercício do desejo de conhecer e ensinar
Piaget
Segundo a Teoria da Aprendizagem de Piaget, a aprendizagem é um processo que só tem sentido diante de situações de mudança. Por isso, aprender é, em parte, saber se adaptar a estas novidades. Esta teoria explica a dinâmica de adaptação por meio dos processos de assimilação e acomodação.
A assimilação se refere ao modo como um organismo enfrenta um estímulo do entorno em termos de organização atual, enquanto a acomodação implica uma modificação da organização atual em resposta às demandas do meio. Por meio da assimilação e da acomodação vamos reestruturando cognitivamente nossa aprendizagem ao longo do desenvolvimento (reestruturação cognitiva).
A acomodação ou ajuste é o processo por meio do qual o sujeito modifica seus esquemas, estruturas cognitivas, para poder incorporar novos objetos a esta estrutura. Isso pode ser conseguido a partir da criação de um novo esqueça ou da modificação de um esquema já existente, de maneira que o mesmo estímulo e seu comportamento natural e associado possam se integrar como parte do mesmo.
Assimilação e acomodação são dois processos invariáveis do desenvolvimento cognitivo. Para Piaget, assimilação e acomodação interagem mutuamente em um processo de equilíbrio. Isso pode ser considerado um processo regulador, em um nível mais alto, que dirige a relação entre a assimilação e a acomodação.
John Lennon dizia que a vida é o que acontece enquanto estamos fazendo outros planos, e muitas vezes parece que isso é verdade. Os seres humanos precisam de uma certa segurança para viverem tranquilos, e por isso criamos a ilusão da permanência, de que tudo é estático e nada muda, mas não é assim que funciona. Tudo está em constante mudança, incluindo nós mesmos, mas não somos conscientes disso, até que a mudança é tão evidente que já não temos mais remédio a não ser enfrentá-la.
As contribuições de Piaget para a educação são consideradas de extrema importância. Piaget é o fundador da psicologia genética, que afetou significativamente a teoria e a prática educativa que foram geradas ao redor desta, que foi variando através do tempo dando lugar a diferentes formulações. Cabe mencionar que foram desenvolvidos muitos trabalhos a partir das contribuições de Piaget.
O trabalho de Jean Piaget consiste em suas descobertas do pensar humano a partir de uma perspectiva biológica, psicológica e lógica. É necessário esclarecer que o conceito de “psicologia genética” não está aplicado em um contexto unicamente biológico ou fisiológico, pois não se refere nem se baseia nos genes; é rotulado como “genética” por ser desenvolvido com respeito à gênese, origem do princípio do pensamento humano.
A assimilação se refere ao modo como um organismo enfrenta um estímulo do entorno em termos de organização atual, enquanto a acomodação implica uma modificação da organização atual em resposta às demandas do meio. Por meio da assimilação e da acomodação vamos reestruturando cognitivamente nossa aprendizagem ao longo do desenvolvimento (reestruturação cognitiva).
A acomodação ou ajuste é o processo por meio do qual o sujeito modifica seus esquemas, estruturas cognitivas, para poder incorporar novos objetos a esta estrutura. Isso pode ser conseguido a partir da criação de um novo esqueça ou da modificação de um esquema já existente, de maneira que o mesmo estímulo e seu comportamento natural e associado possam se integrar como parte do mesmo.
Assimilação e acomodação são dois processos invariáveis do desenvolvimento cognitivo. Para Piaget, assimilação e acomodação interagem mutuamente em um processo de equilíbrio. Isso pode ser considerado um processo regulador, em um nível mais alto, que dirige a relação entre a assimilação e a acomodação.
John Lennon dizia que a vida é o que acontece enquanto estamos fazendo outros planos, e muitas vezes parece que isso é verdade. Os seres humanos precisam de uma certa segurança para viverem tranquilos, e por isso criamos a ilusão da permanência, de que tudo é estático e nada muda, mas não é assim que funciona. Tudo está em constante mudança, incluindo nós mesmos, mas não somos conscientes disso, até que a mudança é tão evidente que já não temos mais remédio a não ser enfrentá-la.
As contribuições de Piaget para a educação são consideradas de extrema importância. Piaget é o fundador da psicologia genética, que afetou significativamente a teoria e a prática educativa que foram geradas ao redor desta, que foi variando através do tempo dando lugar a diferentes formulações. Cabe mencionar que foram desenvolvidos muitos trabalhos a partir das contribuições de Piaget.
O trabalho de Jean Piaget consiste em suas descobertas do pensar humano a partir de uma perspectiva biológica, psicológica e lógica. É necessário esclarecer que o conceito de “psicologia genética” não está aplicado em um contexto unicamente biológico ou fisiológico, pois não se refere nem se baseia nos genes; é rotulado como “genética” por ser desenvolvido com respeito à gênese, origem do princípio do pensamento humano.
Planejamento semanal
QUADRO PARA PLANEJAMENTO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO SEMANAL
Data:
Escola:
Professor (a):
Disciplina:
Série:
Turma:
Escola:
Professor (a):
Disciplina:
Série:
Turma:
Dia da semana
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2ª feira
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3ª feira
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4ª feira
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5ª feira
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6ª feira
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Roteiro das atividades
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Apresentação do vídeo “AS TRES PARTES”
Confecção dos personagens da história (partes)
Manuseio e reconstrução dos cenários da história
Elaborar uma história com as formas trabalhadas
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Exploração com Blocos lógicos
Montagem de painel sobre as formas triangulares
Construção das formas geométricas a partir da sucata
Apreciação dos trabalhos construídos
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Quantificação com Blocos lógicos
Montagem de painel sobre as formas circulares
Jogos digitais envolvendo as formas geométricas
Histórias matemáticas
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Classificação com Blocos lógicos
Montagem de painel sobre as formas retangulares
Jogos de representações das formas geométricas através de atividades corporais.
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Seriação com Blocos lógicos
Montagem de painel sobre as formas quandrangulares
Construção de paisagens usando as formas geométricas
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Observações
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Planejamento
Projeto identidade
Titulo: Conhecendo um pouco de mim através das histórias
Turma: Sênior II (4-5 anos)
Duração: 3 meses
Titulo: Conhecendo um pouco de mim através das histórias
Turma: Sênior II (4-5 anos)
Duração: 3 meses
Areas do conhecimento: Ciências, Português, artes
Justificativa: Desde pequena, a criança escuta histórias narradas por sua mãe, pai, avós, ou de seus familiares mais próximos. Os contos de fada, as histórias ou até mesmo histórias inventadas, carregam o poder de encantar e deslumbrar a todos os que a ouvem. Pensando neste encantamento e no poder que elas carregam que este projeto foi construído, com o intuito de trazer de forma lúdica e prazerosa aos alunos do sênior II conhecer um pouco de si e do outro através da imaginação.
Objetivo Geral: Proporcionar as crianças conhecerem um pouco de si e do outro através dos contos infantis, para que a partir delas sejam estimulados seus valores, a construção da identidade, sua autonomia e saberes, contribuindo na compreensão do mundo e para o respeito mútuo.
Objetivos Específicos:
Conhecer um pouco de si e do outro (Nome, moradia, familiares, entre outros);
Estimular higiene, bucal e corporal;
Despertar o cuidado e a organização de seus pertences, dos materiais e brinquedos da escola;
Estimular o respeito mútuo entre as crianças;
Refletir sobre a identidade;
Respeitar e cuidar do meio ambiente;
Estimular a criatividade e imaginação;
Despertar emoções como: medo, tristeza, alegria, entre outras sensações;
Despertar o gosto pela leitura;
Aumentar vocabulário,
Trabalhar momento de escuta, atenção, interpretação;
Metodologia:
• Realização de uma roda de conversa sobre a importância do nome;
• Contar com o auxilio do livro a historia "A velhinha que dava nome as coisas" Cynthia Rylant, em seguida realizar perguntas sobre a narrativa;
• Construção do crachá onde a primeira letra do nome será pintada por eles para sua identificação;
• Construir com eles um alfabeto que ficará exposto na sala, contendo o nome de cada um conforme sua primeira letra correspondente;
• Construção de jogos contendo letras, como: Bingo alfabético, jogo da memória contendo nome dos colegas, entre outros;
• CDS com músicas contendo números e nomes, como: viva Mariana, os indiozinho, etc.
• Construção de uma maquete contendo nossa escola e o que tem próximo dela;
• Trabalharemos com historias variadas como:
Maria vai com as outras (mostrando que cada um tem sua própria identidade, opinião e que não podemos fazer as coisas que os outros fazem sem pensar, onde questionarei se o que ocorre na historia é bom para a gente ou não); A árvore contente (Mostrando que as famílias são diferentes, mas nelas há espaço de sobra para o amor, carinho e a compreensão); entre outros;
• Desenhos realizados por eles de sua residência e de seus familiares (os que moram com eles);
• Construção da árvore genealógica de cada criança;
• DVDS com filmes que contribuam para formação pessoal como:
Pinóquio (verdade/mentira, amor e família); Era do gelo (amizade, cooperação e solidariedade); Bambi (perdas, família, amor e amizade); Monstros S.A (medo, coragem, amor e amizade), Sid o cientista (mostrando a importância da higiene bucal e corporal entre outros;
Obs. será trabalhado um filme por semana.
• Realização de brincadeiras que estimule coleguismo, amizade, respeito, ganhar ou perder, como: dança com a maçã, onde as crianças deverão juntas dançar e não deixar a maçã cair, dança da cadeira, onde apenas uma ganhará, entre outras;
• Construção de um painel, onde as crianças poderão expor suas artes, conforme cada conto contado;
Recursos: Livros, DVD, CD, cola, tesoura, folha branca, papel pardo, tinta, lápis de cor, canetinha, etc.
Culminância: Construção do livro um pouco sobre mim, que será entregue no final do projeto para as crianças como recordação.
Objetivo Geral: Proporcionar as crianças conhecerem um pouco de si e do outro através dos contos infantis, para que a partir delas sejam estimulados seus valores, a construção da identidade, sua autonomia e saberes, contribuindo na compreensão do mundo e para o respeito mútuo.
Objetivos Específicos:
Conhecer um pouco de si e do outro (Nome, moradia, familiares, entre outros);
Estimular higiene, bucal e corporal;
Despertar o cuidado e a organização de seus pertences, dos materiais e brinquedos da escola;
Estimular o respeito mútuo entre as crianças;
Refletir sobre a identidade;
Respeitar e cuidar do meio ambiente;
Estimular a criatividade e imaginação;
Despertar emoções como: medo, tristeza, alegria, entre outras sensações;
Despertar o gosto pela leitura;
Aumentar vocabulário,
Trabalhar momento de escuta, atenção, interpretação;
Metodologia:
• Realização de uma roda de conversa sobre a importância do nome;
• Contar com o auxilio do livro a historia "A velhinha que dava nome as coisas" Cynthia Rylant, em seguida realizar perguntas sobre a narrativa;
• Construção do crachá onde a primeira letra do nome será pintada por eles para sua identificação;
• Construir com eles um alfabeto que ficará exposto na sala, contendo o nome de cada um conforme sua primeira letra correspondente;
• Construção de jogos contendo letras, como: Bingo alfabético, jogo da memória contendo nome dos colegas, entre outros;
• CDS com músicas contendo números e nomes, como: viva Mariana, os indiozinho, etc.
• Construção de uma maquete contendo nossa escola e o que tem próximo dela;
• Trabalharemos com historias variadas como:
Maria vai com as outras (mostrando que cada um tem sua própria identidade, opinião e que não podemos fazer as coisas que os outros fazem sem pensar, onde questionarei se o que ocorre na historia é bom para a gente ou não); A árvore contente (Mostrando que as famílias são diferentes, mas nelas há espaço de sobra para o amor, carinho e a compreensão); entre outros;
• Desenhos realizados por eles de sua residência e de seus familiares (os que moram com eles);
• Construção da árvore genealógica de cada criança;
• DVDS com filmes que contribuam para formação pessoal como:
Pinóquio (verdade/mentira, amor e família); Era do gelo (amizade, cooperação e solidariedade); Bambi (perdas, família, amor e amizade); Monstros S.A (medo, coragem, amor e amizade), Sid o cientista (mostrando a importância da higiene bucal e corporal entre outros;
Obs. será trabalhado um filme por semana.
• Realização de brincadeiras que estimule coleguismo, amizade, respeito, ganhar ou perder, como: dança com a maçã, onde as crianças deverão juntas dançar e não deixar a maçã cair, dança da cadeira, onde apenas uma ganhará, entre outras;
• Construção de um painel, onde as crianças poderão expor suas artes, conforme cada conto contado;
Recursos: Livros, DVD, CD, cola, tesoura, folha branca, papel pardo, tinta, lápis de cor, canetinha, etc.
Culminância: Construção do livro um pouco sobre mim, que será entregue no final do projeto para as crianças como recordação.
Comênio
Aluna Ana Paula Comper
Interdisciplina: DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO.
A PARTIR DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DE COMÊNIO, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:
1. Como você imagina que este material didático era utilizado nas atividades escolares?
Como a criança se apega muito aos animais, Comênio utilizou na sala de aula esse recurso para alfabetizar. É fácil trabalhar com essa metodologia, basta apresentar o desenho e sugerir a criança que imite a voz dos animais. Poderão ser utilizadas músicas infantis com a temática, recorte de revistas e jornais, filmes que retratem o som dos animais. Como estratégia, solicitar recorte e colagem e desenhos.
2. Você encontra no seu cotidiano escolar elementos da pedagogia do Comênio? Elabore um pequeno texto analisando as relações entre as ideias deste autor e seu contexto de trabalho.
Embora desconhecesse o autor, percebo que no cotidiano, nas brincadeiras de roda, nas atividades de recorte e colagem, na imitação, na dramatização quando o assunto é “os animais” tudo o que ele relata nas atividades realizadas, partindo sempre da experiência que cada aluno traz para a sala de aula.
Entre as ideias de Comênio estavam: o respeito ao estágio de desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem, a construção do conhecimento através da experiência, da observação e da ação e uma educação sem punição, mas com diálogo, exemplo e ambiente adequado.
Interdisciplina: DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO.
A PARTIR DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DE COMÊNIO, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:
1. Como você imagina que este material didático era utilizado nas atividades escolares?
Como a criança se apega muito aos animais, Comênio utilizou na sala de aula esse recurso para alfabetizar. É fácil trabalhar com essa metodologia, basta apresentar o desenho e sugerir a criança que imite a voz dos animais. Poderão ser utilizadas músicas infantis com a temática, recorte de revistas e jornais, filmes que retratem o som dos animais. Como estratégia, solicitar recorte e colagem e desenhos.
2. Você encontra no seu cotidiano escolar elementos da pedagogia do Comênio? Elabore um pequeno texto analisando as relações entre as ideias deste autor e seu contexto de trabalho.
Embora desconhecesse o autor, percebo que no cotidiano, nas brincadeiras de roda, nas atividades de recorte e colagem, na imitação, na dramatização quando o assunto é “os animais” tudo o que ele relata nas atividades realizadas, partindo sempre da experiência que cada aluno traz para a sala de aula.
Entre as ideias de Comênio estavam: o respeito ao estágio de desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem, a construção do conhecimento através da experiência, da observação e da ação e uma educação sem punição, mas com diálogo, exemplo e ambiente adequado.
ALFABETIZAÇÃO E EMPOWERMENT POLÍTICO
Acadêmicas: Ana Comper, Ana Mincarone e Josiana Félix
ALFABETIZAÇÃO E EMPOWERMENT POLÍTICO
Na primeira metade do século XX, o teórico social italiano Antonio Gramsci defendia a alfabetização como sendo essencial para todos. Ele pensava a alfabetização como instrumento fundamental de luta contra a dominação, que daria a oportunidade de voz ao povo para que se pudesse construir uma sociedade ativa. Gramsci entende o processo de alfabetização com uma prática social, que deve estar vinculado ao conhecimento, ao poder, bem como a luta político e cultural.
O texto de Giroux mostra a alfabetização como instrumento desigual entre a classe média e trabalhadores, a qual privilegia aqueles com mais condições.
A partir dos estudos ficou ainda mais claro que a educação contemporânea precisa ser vista como uma forma de política cultural que significa perceber as dimensões sociais, culturais, política e econômica da vida cotidiana dos envolvidos no processo de escolarização. Neste cenário se estabelecem relações de poder e de conhecimento, onde o processo de alfabetização torna-se a emancipação social e cultural. Um exemplo que não devemos seguir é o do professor que muitas vezes se choca e escandaliza com as situações que presencia em sala de aula, e que ansioso em proporcionar a compreensão e ampliar a visão dos alunos aplica uma correção equivocada, política e ideológica de sua posição, uma vez que apresenta os seus valores e crenças construídos ao longo de sua vida. Desta forma apresenta um discurso autoritário que revolta, silencia e marginaliza os alunos.
Contudo, a pedagogia crítica proposto pelo autor nos leva a dar voz e vez aos sujeitos para manifestar seus pensamentos, apresentarem sua narrativa pessoal para a partir daí então explorar e conhecer outros significados e visões de mundo. Cabe ao professor estabelecer um diálogo crítico, proporcionar ao aluno o contato com linguagens e discursos diversos que ampliem os horizontes e levem os alunos a confrontar suas ideias, suas certezas e dúvidas a fim de desenvolver uma sintonia, uma confiança compartilhada no compromisso com a melhoria da qualidade de vida humana. Em se tratando de adulto Carvalho (2010, p. 53) enfatiza,
"Sugiro conversar sobre a vida deles, o que fazem fora da escola, se trabalham, do que gostam etc. No caso talvez uma notícia de futebol, uma letra de rap ou de uma canção, uma piada, um anúncio ou bilhete, que sejam atraentes, até porque a maioria passou por muitas experiências frustrantes e já conhece os nomes das letras. Deve ser aflitivo para esses adultos terem sempre a sensação de começar do zero, portanto é bom escolher um texto diferente, usado na vida social, que seja uma novidade para eles."
Adultos aprendem melhor quando percebem que o que estão aprendendo se aplica a sua realidade e se motivam quando percebem transformações em suas aprendizagens. O aprendizado por resolução de problemas, com tarefas e atividades a serem executadas ao invés de memorizadas, por exemplo, irá estimular a construção de conhecimentos partindo do conhecimento prévio do aluno ao mesmo tempo em que irão estimular sua autoestima e sua própria valorização como cidadãos.
"A importância do papel do educador, o mérito da paz com certeza de que faz de sua tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos mas também ensinar a pensar certo."(FREIRE, 1996, p. 27)
Essas reflexões nos levam as novas metodologias, adequadas à realidade do educando, não seguindo a padronização da cartilha que reduz o aprendizado a símbolos pré-determinados e que não conduzem com o contexto, mas sim de priorizar o conhecimento trazido pelo o educando na sua bagagem de vida.
Para Paulo Freire, a alfabetização não se dá pela repetição ou memorização de palavras ou sílabas. Alfabetizar é oportunizar que o sujeito perceba de forma crítica o mundo a sua volta.
O verdadeiro papel do professor é auxiliar o aluno a pensar e a ser crítico e não torná-lo uma máquina, o professor tem que ensinar o aluno a lutar pelo que deseja, pelo que acha certo, ou seja, o aluno tem que saber o que ele quer e que caminhos quer percorrer.
"Às vezes, mal se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um simples gesto do professor."(FREIRE, 2001, p.9).
O ensinar e a aprender envolvem um processo coletivo de troca de experiências e ideias. A educação de Jovens e Adultos é um programa que demonstra não só na teoria mas também na prática que é possível mudar os rumos sociais do nosso país através da educação, alfabetização; proporcionando aos jovens e adultos a alfabetização consciente, sendo esta, a formação para transformação do cidadão em seu exercício social.
A necessidade da alfabetização torna-se cada dia mais urgente em um país onde as diferenças culturais e sociais demonstram ser o impedimento para o sucesso e a estabilidade econômica de todo um povo. O baixo nível cultural nas camadas sociais desprovidas de condições para cultivar o estímulo à educação e cultura torna a participação crítica em sociedade quase nula, sem que o indivíduo use a sua capacidade crítica de cidadão para construir uma nova visão política, econômica e social.
Fazer possível que os indivíduos se tornem aptos a ler e entender as diferentes mensagens que o mundo os possibilita conhecer é tarefa precípua de todos os brasileiros e não apenas, de alguns poucos educadores.
Sugere-se garantir a participação ativa dos estudantes na EJA em processos educativos para as práticas sociais nas quais estejam envolvidas, desde a mais imediatas até as mais difusas, próprias das demandas da atual sociedade.
Portanto, precisamos nos desacomodar deixar nossas certezas de lado e dar espaço a um olhar de amor e interesse às questões que às vezes nos parecem ter respostas tão óbvias, mas que para nossos alunos tem um significado diferente e que nem por isso deve ser desprestigiado. Precisamos respeitar as experiências de vida de cada sujeito demonstrando respeito à cultura popular, como afirma Freire, os educadores críticos são também educandos, uma vez que devem aprender a como renovar uma forma de autoconhecimento mediante uma compreensão da comunidade e da cultura que constitui ativamente as vidas de seus alunos. Enfim a valorização da pluralidade cultural contribui para uma educação emancipadora de comprometimento individual e social.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, de Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre teoria e prática, 7º ed. Petrópolis, R.J: Vozes, 2010.
GIROUX, A. Henri. Alfabetização e Empowerment Político, Introdução do Livro "Alfabetização", de Paulo Freire e Donaldo Macedo.
Síntese do curta Escolas democráticas
Seminário Integrador VII – Grupo: Ana Mincarone, Ana Comper e Josiana Félix
Síntese do grupo
Com base no curta “Escolas democráticas”, destacamos as seguintes ideias:
★ O professor é tido como o único “dono” do saber;
★ O aluno não pode fazer nenhum tipo de questionamento, somente reproduzir as determinações do professor;
★ O professor deposita informações e o aluno decora, porém não os toma como conhecimento adquirido, pois não os retém;
★ O aluno não compartilha seus conhecimentos nem estabelece relações afetiva;
★ Rotina totalmente mecânica, pois os horários são rigorosamente cronometrados
quinta-feira, 21 de junho de 2018
Trabalho de Seminário Integrador
Analisando a cena em questão pode-se perceber a dificuldade dos professores em realizar uma aula atrativa para os alunos. Hoje em dia se torna um pouco difícil ao docente trazer uma aula mais atrativa em que os alunos possam expor suas ideias, o que se vê é o desinteresse dos mesmos, claro, não vamos generalizar, existem poucos alunos que se interessam por uma aula mais expositiva e dialogada, sinto que eles querem mesmo é se livrar daquela aula, por mais interessante que possa parecer.
Quando escolhi essa profissão, escolhi fazer a diferença, pois as crianças e os jovens são o futuro do mundo. O tempo foi passando e minhas idéias foram modificando até porque tudo mudou as crianças e jovens não têm mais o mesmo pensamento de quando iniciei.
Tive uma experiência com o ensino engessado quando dei aula para um projeto de aceleração, onde deveria ser seguido um livro e a cada dia deveriam ser vencidos os conteúdos, o que pra mim não fazia diferença, pois notava que os alunos não se interessavam por aquilo. Além de a turma ser heterogênea com idades diferentes existia também o problema da indisciplina onde cada conteúdo apresentado não os interessava.
Um fator importantíssimo nessa analise é que há uma perda de poderes dos estudantes, encarados agora como meros colegiais de acordo com Durkein citado pelos autores, em função da emergência de novas funções cabíveis ao professor, como coordenar e aplicar métodos pedagógicos, normalizar os colegiais e deter para si o conhecimento que deveria ser passado aos mesmos. Os estudantes vêem-se diante do monopólio do conhecimento por parte do professor, do qual exclusivamente emana. Saber esse que só é legítimo por estar sistematizado e fundamentado.
Percebemos assim, claramente, a intenção de adequar às classes populares à ordem estabelecida. A escola seria uma instituição carregada de controlar a massa “adestrando-a”, moldando-a, aos interesses da burguesia em ascendência.
Uma escola democrática é uma escola que se baseia em princípios democráticos, em especial na democracia participativa, dando direitos de participação iguais para estudantes, professores e funcionários. Esses ambientes de ensino colocam os alunos como os atores centrais do processo educacional;
A escola democrática deve estar presente no cotidiano das escolas, pois o que se vê são escolas com pensamentos engessados, o que se torna inviável trazer uma aula mais interessante.
Outro aspecto importante de uma escola democrática é dar aos estudantes a possibilidade de escolher o que querem fazer com o seu tempo.
Centro de interesses
ATIVIDADE EM GRUPO
Acadêmicas: Ana Comper, Ana Mincarone e Josiana Félix
O trabalho por Centro de Interesse tem como objetivo fundamental proporcionar aos alunos oportunidades de desenvolverem suas potencialidades por meio de atividades que lhes sejam significativas, ou seja, de acordo com suas vivências, interesses e necessidades.
Os Centros de Interesse possibilitam que a criança conheça a si mesma e ao meio em que vive de forma a saber como devem agir e se comportar.
O método global de Decroly possui três fases: observação, associação e expressão.
Levando em conta essa ideias pensamos em trabalhar com o projeto “A CRIANÇA E A ESCOLA” com alunos de 5º ano, na intenção de contemplar um dos temas dos Centro de Interesse de Decroly: agir, trabalhar solidariamente, descansar, divertir-se, desenvolver-se.
PROJETO: “Conhecendo minha Escola”
JUSTIFICATIVA: É importante que cada aluno esteja familiarizado com o ambiente escolar. Que conheça os seus espaços, bem como o seu funcionamento e o papel de cada um dentro da escola. Pensando assim, este projeto foi desenvolvido com o intuito de interação entre escola e aluno. Considerando a importância de cada um no espaço escolar, descobrindo nele os diferentes ambientes, vivenciando brincadeiras e construindo novos conhecimentos.
O projeto “Conhecendo a minha Escola”, foi desenvolvido a fim de proporcionar novos desafios aos alunos dentro da escola, para que conheçam e criem novos espaços de forma lúdica, interagindo com todos.
TEMA: “A criança e a escola”
OBJETIVO: Este projeto tem como objetivo traçar estratégias para que os alunos conheçam de forma integral a escola, transmitindo seus valores e compartilhando seus saberes com os demais alunos da escola.
AVALIAÇÃO: A avaliação se dará de forma gradativa, baseado nos relatos e vivências dos alunos levando em conta sua participação e interesse ao longo de todo o projeto.
DESENVOLVIMENTO:
Observação:
- Pesquisar o histórico da escola;
- Filme: “Extraordinário”;
- Entrevistar alunos, professores, funcionários da escola.
Associação:
- Rodas de conversas sobre a história da escola, sobre os pontos comuns entre a escola do filme e a nossa, sobre as entrevistas e o que mais for surgindo.
Expressão:
- Desenho ao ar livre de um lugar que mais gosta na escola.
- Confecção de uma maquete da sala de aula
- Brincadeiras ao ar livre
- Jogos cooperativos
CULMINÂNCIA: Exposição fotográfica da escola, retratada pelos alunos.
domingo, 17 de junho de 2018
Trabalho em grupo
Ana Eliza Mincarone
Ana Paula Comper
Josiana Félix
1. Quais são e como se definiram os conceitos e as funções da Educação de Jovens e Adultos, respectivamente?
A EJA surge a partir das falhas do ensino regular. Alguns alunos acabam por abandonar os estudos pelos mais variados motivos: desinteresse, negligência da família, necessidade de trabalhar cedo, gravidez precoce, entre outros. E a EJA oportuniza a conclusão da escolarização a esse público, de forma diferenciada e com tempo de duração mais curto.
A Educação de Jovens e Adultos tem como funções reparar (garantir o direito ao estudo que lhes foi negado outrora) , equalizar (dar oportunidade àqueles que não puderam estudar na idade certa) e qualificar (mostrar que todos são capazes de desenvolver sua potencialidades) esses jovens.
2. Elaborar uma linha de tempo da história da EJA no Brasil usando recursos diversos, digitais e analógicos, anexando-os ao documento word ou em arquivo de imagem. (Caso poste 2 arquivos não esquecer de colocar os nomes das/os integrantes do grupo).
1854 - surgiu a primeira escola noturna no Brasil cujo intuito era de alfabetizar os trabalhadores analfabetos.
1881 - foi concebido o Decreto nº 3.029, conhecido como “Lei Saraiva”, que proibia o voto dos analfabetos por considerar a educação como ascensão social.
1910 - houve a expansão da rede escolar, e as “ligas contra o analfabetismo”, que visavam à imediata supressão do analfabetismo, vislumbraram o voto do analfabeto.
1942 - a educação profissional passa a ser vislumbrada como importante veículo para que os cidadãos tenham acesso às conquistas tecnológicas da sociedade como um todo.
1947 - realização do 1º Congresso Nacional de Educação de Adultos.
1949 - realização do Seminário Interamericano de Educação de Adultos.
1958 - Juscelino Kubitscheck de Oliveira, então presidente da república, convoca grupos de vários estados para relatarem suas experiências no “Congresso de Educação de Adultos”.
1967 - o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) e a Cruzada ABC, constituíram-se em movimentos concebidos com o fim básico de controle político da população, através da centralização das ações e orientações, supervisão pedagógica e produção de materiais didáticos.
1971 - a Lei nº. 5.692 (BRASIL, 1971) regulamenta o Ensino Supletivo (esse grau de ensino visa a contemplar os jovens adultos).
1985 - o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) é extinto.
1990 - ocorre a descentralização política da EJA, transferindo a responsabilidade pública dos programas de alfabetização e pós-alfabetização aos municípios.
1995 - a Lei nº. 9.394 faz referência aos cursos e exames supletivos e, assim, continua a ideia da suplência, de compensação e de correção de escolaridade. A redução das idades mínimas de 18 para 15 anos para o ensino fundamental e de 21 para 18 anos para o ensino médio vem corroborar com a desqualificação desta modalidade de ensino.
1996 - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta,15.560.260 pessoas analfabetas na população de 15 anos de idade ou mais, perfazendo 14,7% do universo de 107.534.609 pessoas nesta faixa populacional.
2000 - Parecer CNE/CEB nº 11 das Diretrizes Curriculares para a EJA descreve essa modalidade de ensino por suas funções: reparadora, pela restauração de um direito negado; equalizadora, de modo a garantir uma redistribuição e alocação em vista de mais igualdade na forma pela qual se distribuem os bens sociais; e qualificadora, no sentido de atualização de conhecimentos por toda a vida.
2003 a 2006 - criação do Programa Brasil Alfabetizado.
3. Quais seriam, com base nas leituras realizadas e na experiência do grupo, os principais desafios para a EJA no Brasil hoje?
O maior desafio é tornar as aulas interessantes para que esses jovens consigam concluir seus estudos, sempre com a preocupação de que consigam de fato adquirir aprendizagens significativas que possam fazer diferença na vida de cada um dos alunos.
O menininho de Helen Buckley
“O menininho”
Helen Buckley
Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande.
Quando o menininho descobriu que podia ir à sala caminhando pela porta da rua, ficou feliz. A escola não parecia tão grande quanto antes.
Uma manhã a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de desenhar. Leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos... pegou sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar.
- Esperem, ainda não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, nós iremos desenhar flores.
E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.
- Esperem, vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com o caule verde.
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isto... virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha com o caule verde.
No outro dia, quando o menininho estava ao ar livre, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.
“Que bom!” pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar com o barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar sua bola de barro.
- Esperem, não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora nós iremos fazer um prato.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.
- Esperem, vou mostrar como se faz. Assim... Agora vocês podem começar.
E o prato era fundo. Um lindo e perfeito prato fundo.
O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostava mais do seu, mas ele não podia dizer isso... amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia mais as coisas por si próprio.
Então, aconteceu que o menininho teve que mudar de escola...
Esta escola era ainda maior que a primeira.
Ele tinha que subir grandes escadas até a sua sala...
Um dia a professora disse:
- Hoje nós vamos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. E esperou que a professora dissesse o que fazer. Ela não disse. Apenas andava pela sala. Quando veio até o menininho falou:
- Você não quer desenhar?
- Sim. O que é que nós vamos fazer?
- Eu não sei, até que você o faça.
-Como eu posso fazer?
- Da maneira que você gostar.
- E de que cor?
- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber qual o desenho de cada um?
- Eu não sei!
E começou a desenhar uma flor vermelha com um caule verde...
Imagine que você é a professora da nova escola do menininho e responda as questões .
Possibilitaria ao menininho novas experiências aonde faria com que ele voltasse a ter a imaginação de antes, a sede de aprender. Pois nós como professores temos o dever de transmitir ao aluno um olhar diferente de visualizar o mundo. Já dizia Rubem Alves “Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”
Aonde trabalho sigo o princípio 1 de Montessori que é basicamente aonde aprende por ele mesmo. Possibilito aos alunos diferentes experiências e deixo eles explorarem o ambiente da sala através de brincadeiras e jogos pedagógicos. É muito importante para a criança ter autonomia e criatividade para que possa desenvolver suas habilidades. Vejo que nos jogos de encaixe, como o lego, eles desenvolvem bastante a criatividade criando robôs e “casas” e a felicidade em mostrar que já consegue é muito gratificante.
Que cada um consiga visualizar o mundo com outros olhos, olhos de quem quer fazer e ser a diferença. Pois estamos precisando de pessoas que pense mais um no outro e não pense só em si, que tenha mais empatia e compaixão
Helen Buckley
Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande.
Quando o menininho descobriu que podia ir à sala caminhando pela porta da rua, ficou feliz. A escola não parecia tão grande quanto antes.
Uma manhã a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de desenhar. Leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos... pegou sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar.
- Esperem, ainda não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, nós iremos desenhar flores.
E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.
- Esperem, vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com o caule verde.
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isto... virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha com o caule verde.
No outro dia, quando o menininho estava ao ar livre, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.
“Que bom!” pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar com o barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar sua bola de barro.
- Esperem, não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora nós iremos fazer um prato.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.
- Esperem, vou mostrar como se faz. Assim... Agora vocês podem começar.
E o prato era fundo. Um lindo e perfeito prato fundo.
O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostava mais do seu, mas ele não podia dizer isso... amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia mais as coisas por si próprio.
Então, aconteceu que o menininho teve que mudar de escola...
Esta escola era ainda maior que a primeira.
Ele tinha que subir grandes escadas até a sua sala...
Um dia a professora disse:
- Hoje nós vamos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. E esperou que a professora dissesse o que fazer. Ela não disse. Apenas andava pela sala. Quando veio até o menininho falou:
- Você não quer desenhar?
- Sim. O que é que nós vamos fazer?
- Eu não sei, até que você o faça.
-Como eu posso fazer?
- Da maneira que você gostar.
- E de que cor?
- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber qual o desenho de cada um?
- Eu não sei!
E começou a desenhar uma flor vermelha com um caule verde...
Imagine que você é a professora da nova escola do menininho e responda as questões .
- Quais seriam seus desafios frente a essa criança?
Possibilitaria ao menininho novas experiências aonde faria com que ele voltasse a ter a imaginação de antes, a sede de aprender. Pois nós como professores temos o dever de transmitir ao aluno um olhar diferente de visualizar o mundo. Já dizia Rubem Alves “Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”
- Quais atividades você, enquanto professor/a, desenvolve com seus alunos de modo a possibilitar que estes cresçam com autonomia e desenvolvam sua criatividade?
Aonde trabalho sigo o princípio 1 de Montessori que é basicamente aonde aprende por ele mesmo. Possibilito aos alunos diferentes experiências e deixo eles explorarem o ambiente da sala através de brincadeiras e jogos pedagógicos. É muito importante para a criança ter autonomia e criatividade para que possa desenvolver suas habilidades. Vejo que nos jogos de encaixe, como o lego, eles desenvolvem bastante a criatividade criando robôs e “casas” e a felicidade em mostrar que já consegue é muito gratificante.
- Que marcas da sua prática pedagógica você gostaria de deixar nos seus alunos?
Que cada um consiga visualizar o mundo com outros olhos, olhos de quem quer fazer e ser a diferença. Pois estamos precisando de pessoas que pense mais um no outro e não pense só em si, que tenha mais empatia e compaixão
ALFABETIZAÇÃO E EMPOWERMENT POLÍTICO
Na primeira metade do século XX, o teórico social italiano Antonio Gramsci defendia a alfabetização como sendo essencial para todos. Ele pensava a alfabetização como instrumento fundamental de luta contra a dominação, que daria a oportunidade de voz ao povo para que se pudesse construir uma sociedade ativa. Para Gramsci a alfabetização está ligada a uma prática social, uma forma de luta política e cultural.
O texto de Giroux mostra a alfabetização como instrumento desigual entre a classe média e trabalhadores, a qual privilegia aqueles com mais condições.
A partir dos estudos ficou ainda mais claro que a educação contemporânea precisa ser vista como uma forma de política cultural que significa perceber as dimensões social, cultural , política e econômica da vida cotidiana dos envolvidos no processo de escolarização. Além disso, neste cenário se estabelecem relações de poder e de conhecimento. Um exemplo que não devemos seguir é o do professor que muitas vezes se choca e escandaliza com as situações que presencia em sala de aula, e que ansioso em proporcionar a compreensão e ampliar a visão dos alunos aplica uma correção equivocada, política e ideológica de sua posição, uma vez que apresenta os seus valores e crenças construídos ao longo de sua vida. Desta forma apresenta um discurso autoritário que revolta, silencia e marginaliza os alunos.
Já o tipo de pedagogia crítica proposto pelo autor nos leva a dar voz e vez aos sujeitos para manifestar seus pensamentos, apresentarem sua narrativa pessoal para a partir daí então explorar e conhecer outros significados e visões de mundo. O professor deve estabelecer um diálogo crítico, proporcionar ao aluno o contato com linguagens e discursos diversos que ampliem os horizontes e levem os alunos a confrontar suas idéias, suas certezas e dúvidas a fim de desenvolver uma sintonia, uma confiança compartilhada no compromisso com a melhoria da qualidade de vida humana.
Em se tratando de adulto Carvalho (2010, p. 53) enfatiza, "Sugiro conversar sobre a vida deles, o que fazem fora da escola, se trabalham, do que gostam etc. No caso talvez uma notícia de futebol, uma letra de rap ou de uma canção, uma piada, um anúncio ou bilhete, que sejam atraentes, até porque a maioria passou por muitas experiências frustrantes e já conhece os nomes das letras. Deve ser aflitivo para esses adultos terem sempre a sensação de começar do zero, portanto é bom escolher um texto diferente, usado na vida social, que seja uma novidade para eles."
Adultos aprendem melhor quando percebem que o que estão aprendendo se aplica a sua realidade e se motivam quando percebem transformações em suas aprendizagens. O aprendizado por resolução de problemas, com tarefas e atividades a serem executadas ao invés de memorizadas, por exemplo, irá estimular a construção de conhecimentos partindo do conhecimento prévio do aluno ao mesmo tempo em que irão estimular sua autoestima e sua própria valorização como cidadãos.
"A importância do papel do educador, o mérito da paz com certeza de que faz de sua tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos mas também ensinar a pensar certo." (FREIRE, 1996, p. 27)O verdadeiro papel do professor é auxiliar o aluno a pensar e a ser crítico e não torná-lo uma máquina, o professor tem que ensinar o aluno a lutar pelo que deseja, pelo que acha certo, ou seja, o aluno tem que saber o que ele quer e que caminhos quer percorrer.
Às vezes, mal se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um simples gesto do professor."(FREIRE, 2001, p.9).Essas reflexões nos leva a refletir e a buscar novas metodologias, adequadas à realidade do educando, não seguindo a padronização da cartilha que reduz o aprendizado a símbolos pré-determinados e que não conduzem com o contexto, mas sim de priorizar o conhecimento trazido pelo o educando na sua bagagem de vida.
O ensinar e a aprender envolvem um processo coletivo de troca de experiências e ideias. A educação de Jovens e Adultos é um programa que demonstra não só na teoria mas também na prática que é possível mudar os rumos sociais do nosso país através da educação, alfabetização; proporcionando aos jovens e adultos a alfabetização consciente, sendo esta, a formação para transformação do cidadão em seu exercício social. A necessidade da alfabetização torna-se cada dia mais urgente em um país onde as diferenças culturais e sociais demonstram ser o impedimento para o sucesso e a estabilidade econômica de todo um povo. O baixo nível cultural nas camadas sociais desprovidas de condições para cultivar o estímulo à educação e cultura torna a participação crítica em sociedade quase nula, sem que o indivíduo use a sua capacidade crítica de cidadão para construir uma nova visão política, econômica e social. Fazer possível que os indivíduos se tornem aptos a ler e entender as diferentes mensagens que o mundo os possibilita conhecer é tarefa precípua de todos os brasileiros e não apenas, de alguns poucos educadores. Sugere-se garantir a participação ativa dos estudantes na EJA em processos educativos para as práticas sociais nas quais estejam envolvidas, desde a mais imediatas até as mais difusas, próprias das demandas da atual sociedade.
Portanto, precisamos nos desacomodar deixar nossas certezas de lado e dar espaço a um olhar de amor e interesse às questões que às vezes nos parecem ter respostas tão óbvias, mas que para nossos alunos tem um significado diferente e que nem por isso deve ser desprestigiado. Precisamos respeitar as experiências de vida de cada sujeito demonstrando respeito à cultura popular, como afirma Freire, os educadores críticos são também educandos, uma vez que devem aprender a como renovar uma forma de autoconhecimento mediante uma compreensão da comunidade e da cultura que constitui ativamente as vidas de seus alunos. Enfim a valorização da pluralidade cultural contribui para uma educação emancipadora de comprometimento individual e social.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, de Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre teoria e prática, 7º ed. Petrópolis, R.J: Vozes, 2010.
segunda-feira, 4 de junho de 2018
Aquisição da linguagem
Após leitura do texto "Aquisição da Linguagem - Samanta Demetrio da Silva" percebeu-se o quão importante é a linguagem na vida de um indivíduo.
A visão interacionista social (Vygotsky) considera os fatores sociais, comunicativos e culturais para a aquisição da linguagem, estudando as características da fala dos adultos. Segundo esse ponto de vista teórico, a interação social e a troca comunicativa são pré-requisitos básicos para a aquisição da linguagem.
O modelo Chomskyano de aquisição de linguagem toma os seres humanos como os únicos dotados de uma faculdade da linguagem. Faculdade esta que nos permite falar, diferenciando-nos dos animais que não possuem essa característica. Esse aspecto nos seria dado através de nossa biologia, ou seja, nos genes dos humanos há algum componente que nos permite desenvolver a fala. Segundo Chomsky (apud Costa Azenha, 2005, p.252)
A visão interacionista social (Vygotsky) considera os fatores sociais, comunicativos e culturais para a aquisição da linguagem, estudando as características da fala dos adultos. Segundo esse ponto de vista teórico, a interação social e a troca comunicativa são pré-requisitos básicos para a aquisição da linguagem.
O modelo Chomskyano de aquisição de linguagem toma os seres humanos como os únicos dotados de uma faculdade da linguagem. Faculdade esta que nos permite falar, diferenciando-nos dos animais que não possuem essa característica. Esse aspecto nos seria dado através de nossa biologia, ou seja, nos genes dos humanos há algum componente que nos permite desenvolver a fala. Segundo Chomsky (apud Costa Azenha, 2005, p.252)
Para Skinner, o reforço é uma condição necessária que auxilia na aprendizagem da linguagem. Deste modo, uma criança só “adquire comportamento verbal quando vocalizações relativamente não-padronizadas, reforçadas seletivamente, assumem gradualmente formas que produzem conseqüências apropriadas numa dada comunidade verbal. Na formulação desse processo, nós necessitamos de mencionar estímulos que ocorram antes do comportamento a ser reforçado. É difícil, se não impossível, descobrir estímulos que evoquem respostas vocais específicas na criança muito jovem.” [Skinner 1957:48-49].
A aquisição de linguagem nos parece, por vezes, algo mágico de tão complexo que é o processo. Esse é um campo da linguística que encanta e que pede por teorias que o expliquem.
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