domingo, 16 de julho de 2017

Sexo e a Terceira Idade



Este assunto “Sexo na Terceira Idade” está sendo discutido com muita frequência em debates e palestras sobre DSTs, devido ao aumento absurdo de idosos contraindo e contaminando seus parceiros com doenças sexualmente transmissíveis.  Nossa população está cuidando melhor da saúde, com melhor qualidade de vida, nossa idade populacional também está aumentando e nossos idosos vivendo mais ativamente e convivendo mais socialmente.

Nossos idosos participam e interagem em redes sociais, estão encontrando seu lugar em novos grupos sociais eles estão se enxergando melhor em relacionamentos, como indivíduos que possuem desejos, necessidades sexuais. Com estas novas mudanças de buscas pelo prazer encontram também as dificuldades para promovê-las colocando-os em situação de vulnerabilidade, física e emocional tornando-os alvo fácil para DSTs. 

Um idoso pode contribuir com a renda da família através de sua aposentadoria ou mesmo do trabalho. Mas, quando o assunto é a vida afetiva/sexual do idoso, esse assunto torna-se motivo de discussões em muitas famílias, que deixaram de ver seu pai ou avó como uma pessoa que necessita de amor, carinho e companheirismo e que em muitos casos são supridos no namoro, e que não necessariamente envolva o sexo.

Segundo ALMEIDA (2008,p.136), “O amor é uma coisa tão eterna na vida das pessoas que pode ser descoberto e vivenciado em qualquer idade”. A formação de muitos de nossos valores está relacionada com valores religiosos, apesar de não ser mais tão forte culturalmente a ideia de sexo para concepção, ainda hoje a figura do idoso, do avô está vinculada a uma imagem assexuada.

O sexo é visto como se fosse direito exclusivo da juventude, vivemos então socialmente um impasse, o avô pode retornar ao mercado de trabalho, a avó pode se desdobrar em suas atribuições de dona de casa e nos cuidados com os netos, mas namorar ?! Não. Segundo, LAURENTINO (2006, p.52), “Não se pode eliminar a velhice, mas se pode mudar a maneira que envelhecemos”. Neste sentido, os avanços na medicina têm proporcionado meios para que possamos cuidar de nossa saúde física e mental assegurando que em nossa velhice estejamos aptos para vivenciar plenamente novas experiências.

A saúde emocional o bem-estar físico são fatores fundamentais para a manutenção da saúde do corpo e da mente. Não estamos a negar as possíveis limitações que a idade impõe, limitações estas que podem ser física ou mental, mas que o idoso não pode ser infantilizado, ter negado seu direito de escolha, de pertencer a um grupo com o qual tem interesses em comum. Neste sentido, SANTOS,2011 p. 14, afirma “(...) a velhice não pode ser encarada como uma trajetória rumo à morte e sim como percurso da vida ainda significativo  e pleno de projetos(...)”.


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