Olá leitores!
Quero compartilhar com vocês o desafio que enfrentei e minha alegria também em aplicar pela primeira vez Projeto de Aprendizagem na Educação infantil com meus alunos de Maternal II ( 3 e 4 anos). Já havia aplicado o PA mas no 4º ano do Ensino Fundamental em 2017 e até fiz uma postagem sobre isso aqui no meu blog.
Durante o estágio curricular obrigatório surgiu na turma um interesse de trabalhar com os bichos de jardim, foi então que decidi trabalhar com Projeto de Aprendizagem (PA).
Para quem não conhece o que é um Projeto de Aprendizagem PA darei uma breve explicação.
Nunca havia realizado um PA na Educação Infantil, mas com as
orientações da professora Aline, minha orientadora, e também da tutora Josele, o
projeto foi tomando forma e os planejamentos foram sendo realizados de acordo
com o solicitado, seguindo as cinco metas conforme Fagundes 2006, são elas:
1ª Meta: formar a pergunta de pesquisa partindo pelo
interesse do grupo;
2ª Meta: listar os conhecimentos sobre o assunto traçando certezas
e dúvidas que serão investigadas ao longo do trabalho;
3ª Meta: são investigadas as certezas e dúvidas, com
pesquisas, palestras, saídas pedagógicas, trocas de informações e conhecimentos
gerando novas aprendizagens;
4ª Meta: consiste em uma organização, sistematização e
compartilhamento dos novos conhecimentos adquiridos ao longo do projeto,
através de textos, fotos e vídeos, exposições entre outros.
5ª Meta: análise e reflexão das novas aprendizagens.
Confesso que para mim foi um pouco difícil estava em um
turbilhão de emoções, e uma delas era sempre saber se estava correto, se estava
fazendo de acordo e essas questões me deixavam um pouco insegura e ansiosa,
aspectos esses que devo melhorar.
No momento em que decidi trabalhar com PA, pensei como vou
fazer? Por onde começar? Foi quando a aluna Diuly chegou na rodinha e nos
contou que havia visto uma borboleta no pátio da casa dela e gostei que ela
disse: “Profe, ela era tão linda, toda colorida!
Como diz Paulo Freire,
Não há ensino sem
pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do
outro. Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco,
porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar,
constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o
que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. (FREIRE, 1997, p.32)
Após essas perguntas os alunos
começaram a responder. A aluna Diuly respondeu que os animais vivem na
floresta, já o Brayan Vieira disse que também vimos no pátio da Escola o tatu
bola e que quando pegamos ele fica igual uma bolinha. A Mayara disse que a
borboleta antes de ser uma borboleta ela é uma lagarta, depois fica no casulo e
depois vira uma borboleta.
Desenho da borboleta por Manuela
Acredito na Educação, mas temos um longo caminho para nossa valorização, pois
estamos ensinando pessoas para que possam seguir um caminho de sucesso em suas
vidas. E enquanto eu tiver forças continuarei lutando para uma educação de qualidade e também para nossa valorização!
REFERÊNCIAS:
FAGUNDES, Léa da Cruz et al. Projetos de Aprendizagem – uma
experiência mediada por ambientes telemáticos. Revista Barsileira de
Informática na Educação. V. 14, n. 1. Jan. a Abr. 2016, p. 29-39.
Disponível em: http://www.br-ie.org/pub/index.php/rbie/article/view/37
Acesso em: 31 de outubro de 2018
FREIRE, Paulo (1997). Pedagogia da
autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.