Em um trabalho da interdisciplina de Psicologia II foi solicitado que analisássemos as frases abaixo para tentar identificar as concepções pedagógicas, psicológicas e epistemológicas que elas revelam
1. Prof. Ensino Médio: “[A inteligência] nasce com o
homem, eu acho. Ela pode ser desenvolvida, mas ela não pode ser, digamos,
adquirida. [...]. Acho que ela nasce, uns com mais, outros com menos; ela pode
ser desenvolvida, mas acho que ela já vem, acho que a gente já vem com isso”.
(BECKER, F. Epistemologia do professor de matemática. Ed. Vozes)
(APRIORISMO)
2. Profa. de quarta
série do ensino fundamental: “Eu acho que são todos esses estímulos, isso que o
professor faz, de mostrar as coisas [...]. Porque, por exemplo, se tu nunca
sentiu o cheiro de uma maçã tu não vai conseguir ter dentro de ti a noção do
cheiro da maçã, então alguém vai ter que mostrar para ti ou fazer tu sentir o
cheirinho da maçã, aí é que tu vai ter isso construído [sic] dentro de ti. Então,
eu acho que é isso que nós fazemos; nós mais ou menos mostramos a “maçã”,
digamos, assim”. (BECKER, F. Epistemologia do professor de matemática. Ed.
Vozes)
(CONSTRUTIVISMO)
3. Professor de Ensino Fundamental e Médio: “O professor é
transmissor de conhecimento. [...] mas o conhecimento, a experiência, isso não
se transmite [...]. Para a escola se tornar realmente um lugar onde se aprenda
matemática, tem que passar por uma grande reformulação que vai desde
proporcionar as experiências básicas fundamentais... o aluno tem que ter aquele
momento da vida dele para vivenciar isso, a escola teria que ser um ambiente de
experimentação, praticamente um laboratório o tempo todo.” (BECKER, F.
Epistemologia do professor de matemática. Ed. Vozes)
(EMPIRISMO)
4. Profa de Ensino Fundamental: “Quando tu abraças uma
árvore, tens a noção perfeita do que será futuramente um cilindro, aquele
tronco, [noção] do que seja uma circunferência; [...] a árvore serrada te dá o
contorno de uma esfera... Creio que a criança pode ter muita facilidade para a
matemática quando ela tem experiências desse tipo”. (BECKER, F. Epistemologia
do professor de matemática. Ed. Vozes)
(CONSTRUTIVISMO)
5 .“Isso aí [conhecimento matemático] tem um pouco de
tudo, é uma arte, é principalmente talento da pessoa de [...] conectar um fato
com outro e descobrir: ‘Bah, mas esses dois somados dão essa consequência
aqui’. [...] isso é muito difícil ensinar. Poucas pessoas realmente conseguem.
A minha opinião sobre isso, é que tu consegues ensinar se a pessoa tem talento.
[...] E querer formar muitos matemáticos de boa qualidade, simplesmente achando
que a questão é ensinar para muitas pessoas matemática, não é uma boa política
realmente não dá, não adianta muito.” (BECKER, F. Epistemologia do professor de
matemática. Ed. Vozes)
(APRIORISMO)